domingo, 13 de dezembro de 2015

Arquivos dos Testes

Bom dia galerinha da recu!

É o seguinte, como prometi, estou disponibilizando os arquivos dos testes e provas que visemos neste ano. O link a seguir abrirá uma pasta com estes arquivos tanto do 8º quanto do 9º ano:

CLIQUE AQUI

Estudem!

Abraços

sábado, 12 de dezembro de 2015

[9º ano] Gabarito da Lista de Exercícios de Recuperação

Questão 1
 B


Questão 2
 C


Questão 3
O crucifixo representa o clero (1º estado), a espada representa a nobreza (2º estado), enquanto a enxada o camponês (uma das classes que compunha o 3º estado)


Questão 4
O “jogo” é uma metáfora ao sistema social francês da época, em que os 1º e 2º estado se sustentavam a partir da exploração do 3º estado, que pagavam altos impostos ao governo e à igreja, enquanto o clero e a nobreza eram isentos.


Questão 5
 E


Questão 6
F, V, V, F, V, V


Questão 7
 D


Questão 8
 B


Questão 9
O trecho que trata do protecionismo é: “[...] emprestava dinheiro a indústria e ao comércio. E, para proteger esses setores, aumentou os impostos sobre os produtos estrangeiros [...]”.  Quem se beneficiou das políticas protecionistas de Napoleão foi a burguesia nacional francesa, que teve seus produtos protegidos da concorrência estrangeira.


Questão 10
 E


Questão 11
 C


Questão 12
O Texto III é um esquema que representa o Pacto Colonial, política metropolitana que estabelecia um monopólio comercial sobre as metrópoles. Esta política prejudicava os negócios das elites coloniais, por isso foi um dos principais motivos de insatisfação destas elites que se organizaram nas lutas de libertação durante o contexto de crise do sistema colonial.


Questão 13
 Napoleão invadiu a Espanha e destronou o seu rei, colocando o seu próprio irmão no lugar, José Bonaparte. Este fato provocou uma onda de revolta em toda a Espanha, gerando uma situação de instabilidade. Os colonos da América espanhola, aproveitando a fragilidade política de sua metrópole para fundar juntas governativas e iniciar lutas de independência.


Questão 14
As duas revoltas foram geradas pelas dificuldades causadas pelas restrições e cobranças da metrópole, que controlava a produção e a comercialização dos produtos que entravam e saíam da colônia. Diferentemente da Conjuração Mineira, a Conjuração Baiana, além de reunir a elite intelectual do período, reuniu um grande número de trabalhadores autônomos, artesãos, trabalhadores rurais e escravos de ganho. A Conjuração Mineira se inspirou no exemplo norte-americano e nas ideias do Iluminismo, enquanto a Baiana teve, além disso, influências da Revolução Francesa. Ambos os movimentos desejavam a proclamação de uma república. É importante salientar que não podemos afirmar que esses movimentos foram precursores da Independência do Brasil, pois não havia neles a ideia do Brasil como um Estado nacional; esses movimentos desejavam a independência de seus estados – Minas Gerais e Bahia. Por outro lado, as ideias de independência e república que eles trouxeram foram se reformulando e tiveram importância em outros movimentos e no processo de independência política do Brasil.


Questão 15
 C


Questão 16
A mudança da família real para o Brasil implicou uma série de mudanças em razão das necessidades dos novos moradores e da própria administração portuguesa. Foi permitida a impressão de livros, revistas e jornais no Brasil, o que até então era vetado pelo Pacto Colonial. Manufaturas foram instaladas, e o modo de vida dos moradores da colônia portuguesa, principalmente do Rio de Janeiro, foi alterado. Padrões europeus de moda e etiqueta passaram a vigorar em uma região que até então tinha ares provincianos. Essas mudanças colocaram o Brasil rumo à sua independência, uma vez que as disputas entre os interesses das elites locais e dos portugueses da Europa se intensificaram com o processo de interiorização da Corte portuguesa.


Questão 17
 E


Questão 18
 A


Questão 19
 E


Questão 20
 C


Questão 21
Ao se instalar no Brasil, a corte portuguesa abriu os portos para as nações amigas. Este fato significou, na prática, o fim do pacto colonial, ou seja, o fim de um dos grandes motivos de insatisfação das elites coloniais brasileiras.


Questão 22
 D


Questão 23
 B


Questão 24
 D


Questão 25
 A


Questão 26
Com o retorno de D. João VI, por causa da Revolução do Porto, o Brasil poderia eleger 50 representantes para participar da Assembleia Constituinte, em Portugal. As divergências entre portugueses europeus e americanos foram grandes, mas não decisivas até dezembro de 1821, quando foi exigido o retorno também de D. Pedro I. A disputa central entre portugueses europeus e os residentes na América se referia à maior ou menor autonomia administrativa, à liberdade de comércio e à conservação de privilégios. D. Pedro I decide ficar no Brasil e quase um ano depois, com o aumento dos desentendimentos e a grande dificuldade de conciliação, declara o Brasil um país independente.


Questão 27
 E


Questão 28
 C


Questão 29
 A


Questão 30

Essencialmente, liberais e conservadores não tinham diferenças, pois ambos os partidos estavam comprometidos com a elite rural que dominava o cenário político brasileiro havia muito tempo. O principal ponto de divergência entre eles era a centralização ou não do poder nas mãos do imperador, ou seja, a maior ou menor autonomia das províncias. É importante que o aluno perceba que, apesar dos nomes, não havia dicotomia ideológica entre conservadores e liberais, pois questões como a escravidão e a liberdade de imprensa, por exemplo, estavam presentes nos dois partidos. A divergência entre eles tinha caráter pragmático em relação à administração provincial.

[8º ano] Gabarito da Lista de Exercícios de Recuperação

Questão 1
 B
Questão 2
 B
Questão 3
 E
Questão 4
Os alunos podem dar exemplos de trabalhadores que atuavam nos engenhos de açúcar, como mestres de açúcar, purgadores, caldeireiros e feitores, todos eles trabalhadores especializados que recebiam salários anuais. Nos grandes centros também existiam os trabalhadores assalariados (artesãos), que recebiam por dia ou por tarefa, como pedreiros, carpinteiros e ferreiros.
Questão 5
A
Questão 6
B
Questão 7
a) canavial; b) senzala: moradia dos escravos; c) lavouras de subsistência: espaços utilizados pelos escravos para produzir para sua alimentação e para venda; d) matas: áreas para retirada de madeira para lenha e para construção; e) capela: centro para cerimônias religiosas e festividades; f) casa-grande: casa onde viviam o senhor de engenho e sua família; g) moradia dos trabalhadores livres; h) casa de engenho: local onde o açúcar era fabricado; i) rios: abasteciam os moradores, serviam como via de transporte e moviam as moendas.
Questão 8
Corretas: a, c
b. Correção: Os negros foram largamente utilizados como escravos porque o comércio de escravos com a África era lucrativo e atendia a diferentes interesses.
d. Correção: A Igreja Católica fazia seu papel espiritual de ungir aqueles que seriam escravizados, mas não se levantaram contra tal procedimento.
e. Correção: Os negros resistiram de diferentes maneiras à escravidão com fugas, suicídios, criação de quilombos, entre outros.
Questão 9
As duas metrópoles utilizavam a mão de obra escrava, mas Portugal, por ter entrepostos comerciais na África e por lucrar com o tráfico negreiro, optou pelo uso da mão de obra africana escravizada. Já a Espanha utilizou o escravo indígena aproveitando-se da organização do trabalho das populações locais, como forma de baratear a produção.
Questão 10
 E
Questão 11
F, F, V, F, V

Questão 12
Letra A. A criação das capitanias hereditárias e a distribuição de sesmarias a portugueses que tivessem posses consistiram na primeira tentativa portuguesa de administração política e econômica na colônia da América.

Questão 13
Letra B. A resposta dada em A está incorreta por não diferenciar a pecuária como atividade realizada por força de trabalho livre; a dada em C está incorreta por afirmar que a técnica era rudimentar em ambas, sendo que na produção do açúcar, as técnicas eram sofisticadas; a afirmação feita em Destá errada por não considerar que na produção do açúcar a mão de obra era essencialmente escrava; e, por fim, a afirmativa E está incorreta porque é sim possível fazer comparação entre os dois tipos de economia.

Questão 14
Letra D. Portugal não havia descoberto metais preciosos no Brasil quando iniciou a produção açucareira, sendo que o capital investido inicialmente proveio de capitalistas holandeses.

Questão 15
Letra C. As quatro características que definem o plantation são: monocultura, produção para o mercado externo, grandes propriedades, ou seja, latifúndios, e mão de obra escrava.

Questão 16
LETRA E. Na medida em que a economia açucareira ocupou grandes faixas do litoral brasileiro, a pecuária acabou sendo desenvolvida em terras do interior do nosso território. Ao mesmo tempo, devemos salientar que a adoção da pecuária extensiva incentivou a realização de várias incursões pelo território em busca de melhores pastagens para a criação de gado.

Questão 17
A única proposição a ser considerada como falsa é a primeira, tendo em vista que a pecuária na região sul do Brasil atingiu um alto grau de desenvolvimento atrelado à descoberta de metais preciosos nas regiões do interior do Brasil. Com o objetivo de abastecer os núcleos mineradores, várias unidades produtoras de gado se consolidaram pelo território sulista. 

Questão 18
Letra C. A proposição se mostra falsa na medida em que o charque foi uma das carnes mais consumidas pelo interior do espaço colonial. 

Questão 19
Letra A. A pecuária do sertão nordestino estabeleceu o emprego da mão de obra de mestiços, indígenas e escravos alforriados. Nesse sentido, observamos que a força de trabalho empregada nesse tipo de negócio era completamente distinta da que foi adotada na economia açucareira. Além dessa peculiaridade, devemos ver que a atividade pecuarista se mostrava distinta ao oferecer uma relativa ascensão social aos que participavam desse ramo da economia colonial. 

Questão 20
Analisando as características naturais da região sul, observamos que o relevo plano e a rica pastagem natural foram fatores importantes para que a pecuária em larga escala ali se desenvolvesse. Desse modo, vemos que existia um ambiente adaptado ao desenvolvimento das estâncias de gado que, ao longo do tempo, foram de grande importância para a articulação do comércio interno da colônia.

Questão 21
GABARITO A: A ocupação holandesa aconteceu mediante a unificação das coroas portuguesa e espanhola. Nesse contexto, os holandeses tiveram sua participação na indústria açucareira vetada pela Coroa Espanhola, que visava utilizar da retaliação econômica como resposta à recente desanexação do território holandês de seus domínios.
GABARITO B: Os conflitos que marcam a entrada dos holandeses no espaço colonial brasileiro foram de grande valia para que um grande número de escravos escapasse de suas propriedades de origem. Com o prolongamento dessas fugas, Palmares acabou agrupando uma grande comunidade capaz de resistir às várias investidas organizadas contra este espaço. De tal maneira, podemos compreender um dos motivos que explicam a durabilidade desse foco de resistência à escravidão.

Questão 22
GABARITO A: Entre as várias formas de resistência ao trabalho escravo, podemos salientar a formação dos quilombos, as fugas, o suicídio, a realização de abortos, a própria capoeira e a organização de levantes contra os senhores de escravos.
GABARITO B: A disseminação do ideário iluminista teve grande importância para que a escravidão fosse abolida e o trabalho livre adotado em terras brasileiras. No interior de seu discurso, vários intelectuais influenciados pelo iluminismo apontavam que a escravidão era uma prática atrasada e que poderia vir a determinar o fracasso social e econômico da nação. De tal forma, a adoção do trabalho livre se tornava em um meta fundamental para que o país viesse a ser moderno e desenvolvido.

Questão 23
GABARITO A: Os quilombos eram comunidades em regiões de difícil acesso formadas por escravos que resistiam ao trabalho compulsório. Uma vez foragidos, a população dos quilombos desenvolviam formas próprias de organização social e econômica afastadas do modelo imposto pela ordem agroexportadora. Não raro, fugitivos da lei, indígenas e outros marginalizados também viam a fazer parte das comunidades quilombolas.
GABARITO B: O combate contra tais ações era de fundamental importância para que a ordem colonial não fosse ameaçada pelos inúmeros escravos que determinavam a sua própria sustentação. De tal forma, os combates às fugas e revoltas se mostravam constantes e indicavam as tensões geradas no interior de um sistema construído a partir da exploração e da desigualdade.

Questão 24
LETRA B. A coartação era um mecanismo de controle através do qual o senhor poderia impedir que seu escravo viesse a se revoltar contra o mesmo. Nessa modalidade de acordo, o senhor vendia a alforria de forma parcelada para seu escravo que, por sua vez, acabava se conformando à exploração de sua força de trabalho tendo em vista a possibilidade de conquistar a sua liberdade após um determinado período.

Questão 25
Estas expedições, cada uma a sua maneira, buscavam desbravar o interior do continente americano em nome da colonização portuguesa. As entradas eram expedições financiadas pelo Estado português, e visava sobretudo mapear o interior e combater tribos inimigas. As entradas, por sua vez, eram “empresas” privadas que se sustentavam da captura de mão de obra escrava indígena, além de buscar minérios para a exploração.

Questão 26
GABARITO A: Homem branco, bem vestido e equipado.

GABARITO B: Não, a maior partes dos bandeirantes eram formados por mamelucos (mestiço de índio com europeu), que eram indivíduos de vida simples, andavam em sua maioria descalços e com equipamentos simples e básicos. Além disso, boa parte das bandeiras eram compostas por indígenas aliados dos portugueses. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

[7ª Série] Resistência Organizada: quilombos

O termo “quilombo” vem das palavras “kilombo” da língua Quimbundo e “ochilombo” da língua Umbundo. Há ainda outras línguas africanas com palavras similares que designam a mesma coisa. Em alguns lugares do nosso país, os quilombos também recebiam o nome de “mocambos”.

Em seu significado original, “quilombo” se referia a um lugar de repouso utilizado por populações nômades. No Brasil, a palavra tomou uma novadimensão: chamava-se quilombo uma comunidade de escravos fugitivos. Nessas comunidades vivia-se de acordo com a cultura originalmente africana – seja em âmbito cultural, religioso ou social. Em alguns quilombos, inclusive, tentou-se até mesmo a nominação de reis tribais.

Dedicados à economia de subsistência e raramente ao comércio, alguns quilombos tiveram sucesso. Escondidos no meio das matas, aqueles que prosperaram se transformaram em aldeias. Há muitos registros de quilombos por todo o país, principalmente nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
quilombo


A principal razão pela qual os quilombos se situavam nas matas era estratégica. O local de difícil acesso era propositalmente escolhido para evitar uma recaptura e aqueles que se situavam próximos a estradas garantiam pequenos saques e, por conseqüência, a sobrevivência dos quilombolas. É importante lembrar que por diversas vezes os quilombos não abrigavam só escravos, mas também índios e pessoas procuradas pela justiça.

Os habitantes dos quilombos, chamados “quilombolas”, eram escravos fugidos de seus senhores desde as primeiras fases do período colonial. A maioria dos quilombolas sofria com a perseguição dos donos de terras, pois havia interesse em retomar um escravo fugitivo e puni-lo como exemplo para os demais.

Em 1630, devido a invasão holandesa em pernambuco, muitos senhores de engenho abandonaram suas terras. Isso foi uma grande oportunidade para que muitos escravos fugissem e procurassem um quilombo, tornando-se, assim, quilombolas. O quilombo que mais abrigou refugiados por causa dessa ocorrência foi o Quilombo de Palmares, em Alagoas.

Os principais quilombos foram Palmares, Campo Grande e Ambrósio, mas durante a história há registro de centenas de outras comunidades similares.
Principais quilombos:

[7ª série] Confederação do Cariri

Resistência Indígena: Confederação Cariri - A Guerra dos Bárbaros

Blog de historiabrasil :História Brasileira, Resistência Indígena: Confederação Cariri - A  Guerra dos Bárbaros
A Confederação Cariri foi a maior resistência indígena do nordeste brasileiro, conhecida também como Guerra dos Bárbaros. O líder indígena Canindé da nação Janduim, comandou a resistência por décadas, levando a Coroa portuguesa a assinar um tratado de paz no ano de 1692. 
Quando os holandeses foram expulsos do nordeste no ano de 1654, os colonos luso-brasileiros introduziram a pecuária na região. Os índios da nação Janduim controlava o território, que abrangia os atuais Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, dificultando a avanço da pecuária. O gado era morto sempre que entrava no território indígena, e os colonos sempre respondiam com violência.   
Os Janduim foram aliados dos holandeses enquanto eles permaneceram no nordeste. Ciente disso, o Governador Geral João Fernandes Vieira, ordenou entre os anos de 1655 e 1657, uma expedição armada para conter os índios revoltosos do Rio Grande. Na expedição foram capturados dois filhos do líder Canindé, que foram enviados para Portugal e nunca mais voltaram.
Os colonos luso-brasileiros não conseguiam penetrar no sertão nordestino. Estavam tendo dificuldades para expandir a pecuária na região. Então, no ano de 1662, Luísa Gusmão, regente de Portugal declarou guerra justa contra a nação Janduim.
Os indígenas nordestinos realizaram uma grande reunião com os principais caciques, essa reunião recebeu o nome de Confederação Cariri e as nações participantes foram:Xukuru, Paiacu, Icó, Icozinho, Bultuí, Ariú, Area, Pega, Caracá, Canindé, Corema, Caracará, Bruxará, Piancó e JanduimAs fazendas aumentaram no interior do Ceará e Rio Grande, as batalhas se intensificaram, ocorrendo baixas de ambos os lados. Os indígenas atacavam as fazendas destruindo tudo pela frente e matando o gado.
Em 1687, os moradores do Rio Grande acusaram os índios Janduim; liderados por Canindé, de ter matado cem colonos e 30.000 cabeças de gado. No ano seguinte, o Governador Geral Matias da Cunha, enviou mais tropas oficiais para a região. A ordem era exterminar os Janduim, degolando a todos pra servir de exemplo para os outros índios rebelados.
O exército de trezentos homens sob o comando de Antônio Albuquerque foram atacados por 3.000 índios Janduim. Os sobreviventes conseguiram refugio na fortaleza do Açu, evitando um massacre completo. O Governador Geral chamou o temível paulista Jorge Velho, para reforça as tropas e exterminar os Janduim e resolver o problema de uma vez. 
Os moradores eram contrário ao reforço de Jorge Velho, temiam mais o paulista do que os próprios indígenas. O motivo da discordia era pelo fato de que os paulistas ficariam com as terras conquistadas e escravizariam os índios sobreviventes.
Mesmo assim, Jorge Velho partiu para o ataque com seiscentos homens. Depois de quatro dias de sangrentas batanhas, os homens de Jorge Velho ficaram sem munições. Sem alternativa, refugiaram-se na fortaleza do Açu, unindo-se aos outros soldados e aguardaram reforços.
Os indígenas nordestinos estavam no controle da situação, nem mesmo o temível paulista Jorge Velho foi capaz de acabar com a resistência. Em 1690, Matias Cardoso assumiu o controle da operação e Jorge Velho foi enviado para Palmares para destruir o quilombo.
Uma expedição foi organizada sob o comando de Antônio de Albuquerque e atacaram osJanduim. O líder Canindé comandava 14.000 Janduim espalhados em vinte e duas tribos. Assim mesmo, após forte ataque dos colonos, o Canindé foi capturado e enviado para a prisão. 
No ano de 1691, a Coroa portuguesa proibiu a guerra justa. O líder Canindé foi beneficiado e foi posto em liberdade. Meses depois, enviou mensageiros propondo a paz. Cansado de tanto sofrimento e tentando proteger os Janduim do exterminio, Canindé desistiu de lutar contra os portugueses.
O governador Câmara Coutinho aceitou o acordo, e no dia 10/04/1692, na presença de dois caciques, setenta lideranças indígenas e outras autoridades portuguesas assinaram o tratado de paz. No acordo ficou definido que os Janduim forneceriam 5.000 homens para guerriar em nome de Portugal e todos foram catequizados.
Em 1694, o governador Bernardo Vieira, declarou guerra justa e ordenou a formação de uma expedição de exterminio dos índios do Rio Grande. Os Janduim, agora aliados de Portugal, participaram das batalhas e ajudaram a exterminar seus parentes e antigos aliados.
No ano de 1699, o líder Canindé morreu de malária em uma aldeia jesuíta. A campanha de exterminio continuou com auxilio dos Janduim até 1712, quando a Coroa portuguesa quebrou o tratado de paz de 1692 e declarou guerra justa contra os Janduim.
A Coroa portuguesa no ano de 1720, considerou de forma oficial o fim da ConfederaçãoCariri e o nordeste livre de índios revoltosos. Os indígenas nordestinos ganharam diversas batalhas, mais no final o vencedor foi o colonizador, que enfim, pode expandir a pecuária na região nordeste.
Os portugueses não honraram o tratado de paz de 1692, e após dez anos da morte do líder Canindé, declararam guerra contra os Janduim. A nação Janduim lutou bravamente durante trinta anos contra os portugueses, depois lutou por mais de uma década do lado dos portugueses exterminando índios rebelados.
Fracos e sem liderança, foram exterminados do nordeste. Os atuais Estados do Rio Grande do Norte e Piauí são os únicos que não possuem aldeias indígenas. Seus descendentes formaram uma população mestiça, tornando-se os vaqueiros do sertão nordestino, ajudando a expandir a pecuária na região.



[7ª série] Resistência Difusa: sincretismo religioso

Sincretismo religioso
"O Sincretismo é colocado como algo recente, na verdade já era usado desde a antiguidade. Entretanto o sincretismo também foi usado como um instrumento de auto-defesa que permite a proteção de uma determinada cultura religiosa. No Brasil colônia o sincretismo obteve uma conotação, pelo menos no primeiro momento, como auto-defesa. Os Índios e os escravos eram obrigados pelos padres jesuítas a aceitar á imposição da religião Católica, pois, a missão jesuíta era retirar o espírito impuro dos considerados não civilizados. Foi neste instante que o sincretismo teve papel forte, sendo que os escravos africanos como forma de resistência, admiravam imagens de santos católicos mas, na verdade eles estavam com o olhar e o pensamento voltado para os seus deuses e os seus rituais africanos. Aqueles que não o fizessem sofriam todo castigo como, o açoite entre outros, tudo isso era feito para que os escravos deixassem de praticar os rituais e cultos da sua cultura. Daí que o sincretismo religioso surgiu. É devido a este choque, ou seja, o conflito de culto e o catolicismo foi a resultante das religiões afro-descendentes que no início do século XV, período da colonização brasileira, mais de quatro milhões de negros africanos cruzaram o Atlântico para tornarem-se escravos na colônia portuguesa. Oriundos de diferentes regiões da África, entravam no país, através de navios negreiros, principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão, trazendo na bagagem a cultura africana. Para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os escravos em senzalas, sempre evitando juntar os originários de mesma nação. Por esse motivo, houve uma mistura de povos e costumes, que foram concentrados de forma diferente nos diversos estados do país. Os escravos possuíam suas próprias danças, cantos, santos e festas religiosas. Aos poucos, eles foram misturando os ritos católicos presentes com os elementos dos cultos africanos, na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante. O contato direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e que ligassem seus deuses aos elementos nela presentes. Diversas divindades africanas foram tomando força na terra dos brasileiros. O fetiche marca registrada de muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela libertação e sobrevivência, à formação dos quilombos e à toda a realidade da época acabaram impulsionando a formação de religiões muito praticadas atualmente, como a Umbanda e o Candomblé".



[7ª série] Sobre a resistência difusa

Boa noite cambada!

O trecho abaixo faz uma discussão sobre a resistência difusa. O debate é acadêmico. Logo, para compreendê-lo basta ter em mente que o autor está fazendo uma análise sobre formas de resistências que, apesar de não serem organizadas, tiveram forte impacto na sociedade. Caso tenham dúvidas, basta fazer um comentário no post

Abraços

"Existem também formas de resistência individual e difusa à exploração e à opressão pré-capitalista. O escravo rural ou o camponês servil pode resistir individualmente à ação do proprietário escravista ou feudal. Trabalho malfeito, agressão e assassinato dos senhores de escravo ou de seus familiares e prepostos, fuga da fazenda escravista ou do feudo e tantas outras formas de expressão do inconformismo individual dos produtores diretos são constantes nos períodos de estabilidade política das sociedades pré-capitalistas. Essa resistência individual e difusa, dependendo da situação histórica e da amplitude que assuma, pode gerar transformações reais e importantes na organização da economia e da sociedade, convertendo-se, assim, em fato histórico. E. Staerman destaca o que denomina “formas latentes” da resistência escrava. Sustenta que a fuga de escravos foi um fenômeno amplo e permanente na Roma antiga. Acrescenta que os escravos não se contentavam em fugir, mas também matavam seus senhores e destruíam os seus bens. Charles Parain considera que a resistência difusa dos escravos foi um dos fatores responsáveis pela mais importante transformação ocorrida nas relações de produção no mundo antigo – a substituição gradativa do trabalho escravo pelo regime de colonato. Para o caso do feudalismo, Maurice Dobb relata que a fuga de camponeses servos para as cidades adquiria, muitas vezes, proporções catastróficas para a economia dos feudos, tanto na Inglaterra quanto nos demais países europeus. Apresenta relatos para mostrar que, na França, nos feudos em que os senhores se demonstravam inflexíveis, sua terra era abandonada, algumas vezes com o “êxodo de toda a aldeia”. Cita o exemplo da Ile de Ré, no século XII, cujos habitantes “desertaram em massa devido à severidade de seu senhor, que foi obrigado a fazer concessões para poder ficar com alguns trabalhadores”. Nos séculos XII e XIII, os senhores passaram a firmar acordos de cooperação para a busca de servos foragidos [...]. Portanto, mesmo sem movimento reivindicativo organizado, escravos rurais e camponeses podiam obter, graças à resistência difusa, reformas na economia escravista antiga e na economia feudal. Para o escravismo moderno, Antônio Barros de Castro argumentou, de modo convincente, que as ações de rebeldia individual e a pressão difusa dos escravos rurais, somadas à ação preventiva dos fazendeiros escravistas contra rebeliões, são responsáveis – talvez as principais responsáveis – pelo desenvolvimento da brecha camponesa. O autor contesta a explicação meramente econômica do “sistema do Brasil”, explicação que atribui à concessão de um lote de terra para o cultivo próprio do escravo exclusivamente aos interesses do senhor em baratear a reprodução da mão-de-obra. Portanto, tal qual nos casos do escravismo antigo e do feudalismo, a inexistência de organização permanente dos produtores diretos e de negociação sobre as condições de trabalho não significam que a contradição entre produtores e proprietários deixe de incidir sobre as formas e os rumos que assumem as sociedades pré- capitalistas".

domingo, 8 de novembro de 2015

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

sábado, 22 de agosto de 2015

[7ª Série] Bandeirantismo

Saudações meu povo!

Como prometido, estou postando um material que servirá de base para nossas aulas. Trata-se de um material riquíssimo produzido pela Editora Abril no ano de 2000, na ocasião dos 500 anos da chegada de Cabral ao Brasil. São fascículos de uma qualidade ímpar, cuja edição foi supervisionada por um renomado historiador no país, o István Jancsó.

ALMANAQUE BRASIL 500 ANOS (BANDEIRANTISMO/GUERRA DOS EMBOABAS)

Pra completar, estou postando também o vídeo do Instituto Claro que passei em sala:

Entradas e Bandeiras - O mameluco Jerônimo domina os segredos da mata. Como guia de uma expedição bandeirante, é ele quem aponta o caminho, decifra os rastros dos animais, encontra comida e água. Jerônimo terá que usar todo o seu conhecimento para salvar a vida do jovem Pedro, seu patrão e meio-irmão.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

[7ª Série] O Comércio Triangular português

Olá cambada!

Estou repostando aqui este INFOGRÁFICO sobre o Comércio Triangular português. Para quem ainda não conseguiu pegar o assunto, talvez isso ajude bastante.

Quem quiser uma referência extra clique AQUI.


[7ª Série] Selvagem versus Civilizado segundo a visão européia

Boa noite galera!

Seguindo o pedido de alguns alunos, estou fazendo esta postagem para discutir a questão Selvagem versus Civilizado no contexto da colonização européia da América.

Podem postar suas dúvidas nos comentários.

Abraço meu povo!

Índios brasileiros retratados por um holandês



As telas mostram duas visões opostas sobre os indígenas brasileiros. O Tupi era visto pelo europeu como um indígena amigável e disposto a viver como “civilizado”, isto é, dentro dos moldes cristãos e mais integrado às atividades coloniais. Tanto o homem quanto a mulher Tupi usam roupas e são capazes de manejar ferramentas. A mandioca cortada indica, também, que eles cultivavam a terra.
Em contraste, a nudez dos Tapuias denota o caráter primitivo e selvagem desses indígenas. Os enfeites no rosto reforçam seu aspecto feroz. A natureza à volta é mais hostil, como mostra o tronco seco ao fundo e os animais peçonhentos. Os membros decepados levados pela mulher tapuia fazem uma clara referência ao ritual antropofágico cujo significado cultural era desconhecido pelo europeu que imaginava o canibalismo como  hábito da dieta indígena. A antropofagia fazia parte da cultura de vários povos indígenas brasileiros mas  seu significado variava. Os Tarairiu, que Eckhout chamou de Tapuia, praticavam a antropofagia dos entes queridos reduzindo seu corpo a pó que era misturado à farinha, diferente dos Tupinambás, grupo tupi, que praticavam a antropofagia para vingar a morte dos parentes mortos.
Em forte contraste à “selvageria canibal” dos Tapuias, Eckhout ressalta a maternidade da mulher Tupi que leva o filho junto de si retratando ambos com expressão gentil, mais “humana”. Já os Tapuias são mostrados como relutantes à civilização, mas “um mal necessário” para os holandeses por serem seus aliados na guerra contra os Ibéricos.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

[7ª série] A guerra pelo açúcar (Brasil Holandês)

E aí cambada,

Estou trazendo para vocês o LINK do site onde estão os vídeos da série "Histórias do Brasil" (Instituto Claro)

Aquele que trata do tema que estamos estudando agora (Brasil holandês) é o:

EPISÓDIO 03


[8ª série] Revolução Hatiana

Boa tarde galera,

como prometido, aqui está o vídeo sobre a revolução em Saint-Domingue (atual Haiti), antiga colônia francesa.


ATENÇÃO, pois o áudio e a legenda no YOUTUBE estão em espanhol.

Quem quiser pode baixar o vídeo AQUI

Legendas em português AQUI

terça-feira, 14 de julho de 2015

Mercantilismo e Colonialismo português

Boa tarde galera!

Estou postando dois slides aqui. O primeiro aborda a relação entre mercantilismo e colonialismo, já o segundo trata sobre aspectos do colonialismo português (usado em sala de aula). Devo lembra-los que estes slides foram criados pelo aplicativo Prezi, logo vocês podem acessa-los on-line pelo navegador ou baixá-los e assistirem em casa desde que possuam o flash player instalado no PC.

Abraços

Glauber

Slide 1MERCANTILISMO E COLONIALISMO






















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Slide 2O COLONIALISMO PORTUGUÊS


sexta-feira, 5 de junho de 2015

[7ª Série] Colonização da América

Se liga galera!!

Estou postando aqui um material para ajudar vocês nos estudos do Teste de História. O primeiro deles é um vídeo sobre a colonização espanhola. O áudio está em espanhol, mas vocês podem ativar o Close Caption do YouTube e ativar a tradução automática para o português. A tradução não vai ficar perfeita, mas já ajuda bastante para quem não possui familiaridade com o espanhol.

O segundo link é o primeiro exemplar do Almanaque Abril - Brasil 500 anos. Sugiro que vocês leiam a partir da página 58 do PDF (56 no original) cujo título é "Os concorrentes dos portugueses".

Como sempre, estarei respondendo as dúvidas de vocês através dos comentários feitos neste post.

Abraços!!!

Link 01 
Série: História de America Latina
Episódio: Colonización e "nueva sociedad"
















Link 02
Almanaque Abril
Brasil 500 anos
Fascículo 1


[8ª série] Infográfico da Revolução Francesa

Saudações cambada!

Como prometido, estou compartilhando um link sobre o tema de nosso próximo teste (lembrando que também vai cair a politica econômica do governo Napoleão). Como sempre, vocês podem tirar suas dúvidas nos comentários aqui do post. Estarei acessando sempre no final da tarde.

Abraços!!


sábado, 18 de abril de 2015

[8ª série] Revolução Americana

Os cinquenta anos que se passam entre o final do século XVIII e o início do século XIX foram
decisivos para o continente americano. Foi nessa época que as ideias iluministas tiveram ampla divulgação entre as elites coloniais que, observado um momento de mudanças estruturais na Europa, passam a exigir autonomia econômica e política.

Nesse contexto as 13 colônias inglesas foram pioneiras em contestar o domínio europeu, promovendo uma guerra contra a maior potência da época: a Inglaterra. Com o sucesso da Revolução Americana das 13 colônias as outras áreas do continente iniciam seus processos de libertação colonial, fazendo com que grande parte do continente se visse livre do jugo político do Velho Mundo até o final do primeiro quartel do século XIX.

Continue lendo: http://mundoedu.com.br/uploads/pdf/5432d0a90d912.pdf


[8ª série] Roteiro de Trabalho - O iluminismo e a crise do antigo regime

ROTEIRO DE TRABALHO
O ILUMINISMO
Proposta:
Ø  Preencha o mapa conceitual[1] na página seguinte utilizando os conceitos da tabela abaixo, de maneira que as ideias se conectem de maneira coerente. Siga o exemplo.
Ø  Após o preenchimento do mapa, utilize suas informações para construir um texto com o tema: o movimento iluminista e a crise do antigo regime.
Ø  Não transcreva simplesmente o mapa conceitual para o texto. Acrescente informações e desenvolva os conceitos que não são possíveis de fazer na estrutura do mapa.
Ø  ATENÇÃO: Não é permitido copiar textos da internet ou de outros colegas. Trabalhos idênticos ou iguais terão suas notas zeradas!

Direito Natural

Novas teorias: Ex.: gravitação universal de Newton

Novas idéias políticas

Regime Absolutista

Direito divino

Estado forte e autoritário (Leviatã)

Mercantilismo

Novos instrumentos: Ex.: telescópio

Teoria dos três poderes

Progresso através da educação

Liberalismo político e econômico

Apoio da Igreja

Desenvolvimento das ciências

A formulação de métodos científicos

Criação da enciclopédia


CRITÉRIOS AVALIATIVOS:
PONTUAÇÃO
CRITÉRIOS
4,0
Coerência na elaboração do mapa conceitual;
Sistematização do conteúdo da unidade através da produção textual
Organização e letra legível;
Cumprimento do prazo de entrega.
          
CRONOGRAMA:
Etapas
Realização
Descrição
1ª etapa

Distribuição dos roteiros e orientação da atividade
2ª etapa

Entrega da atividade




[1] O mapa conceitual é apenas uma ferramenta didática para sistematização de ideias dentro de um contexto de múltiplas relações, logo algumas informações dentro do mapa estão incompletas ou simplificadas.