sexta-feira, 18 de março de 2016

O significado de "Luz" e "Trevas"

Iluminismo, Ilustração ou Século das Luzes, foi um movimento filosófico que reuniu teorias políticas e econômicas na Europa Ocidental entre os séculos XVII e XVIII e que continua influenciando o mundo atual. Cai direto no Enem e nos vestibulares, e faz parte da História da Humanidade como um capítulo revolucionário.
A palavra Iluminismo deriva do fato de os homens que fizeram esse movimento verem a si mesmos como os defensores da luz (razão, conhecimento, ciência) contra as trevas (tradição, autoritarismo, fanatismo, ignorância).
Luz X Trevas
  Razão X Ignorância
 Iluminismo X Antigo Regime

Nesta imagem vemos a Liberdade, com o cetro da razão, lançando raios sobre a Ignorância e o Fanatismo (Fonte: Simon Louis Boizot. 1793. Gravura):


Para os iluministas a razão era o valor supremo. Só por meio dela, do ato de pensar, a humanidade alcançaria a luz, o esclarecimento já que para os iluministas a maioria das pessoas estava mergulhada na ignorância, no fanatismo religioso.
Fonte: http://sandytagregador.blogspot.com.br/2015/12/blog-do-enem-simplificado-como-deve-ser_8.html 

segunda-feira, 14 de março de 2016

ILUMINISMO E A CRISE DO ANTIGO REGIME

Olá cambada!

Aí vai duas recomendações de vídeos para  a galera que quer se jogar no estudo da história.

O primeiro deles eu passei em sala de aula (telecurso 2000). Já o segundo é uma síntese que eu achei de bobeira hoje. Gostei bastante, pois ela resume exatamente nossas discussões em sala de aula.

Aproveitem!

Abraços

 





[9º Ano] REVOLUÇÕES BURGUESAS E A CRISE DO ANTIGO REGIME


E
ntende-se por Revoluções Burguesas os processos históricos que consolidam o poder econômico da burguesia, bem como sua ascensão ao poder político. Ao longo dos séculos XVII e XVIII a burguesia se demonstrará como uma classe social revolucionária, destruindo a ordem feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado para atender seus interesses.
[Na esfera política] as chamadas Revoluções Burguesas foram: as Revoluções Inglesas do século XVII (Puritana e Gloriosa), a Independência dos EUA [...] e a Revolução Francesa. [Na esfera econômica, a burguesia foi transformando gradativamente as relações sociais de produção, generalizando as relações de trabalho assalariadas. Este processo é conhecido como Revolução Industrial].
As revoluções inglesas
No decorrer dos séculos XVI e XVII, a burguesia desenvolveu-se, graças a ampliação da produção de mercadorias e das práticas do mercantilismo - que auxiliaram no processo de acumulação de capitais.
No entanto, a partir de um certo desenvolvimento das chamadas forças produtivas, a intervenção do Estado Absolutista nos assuntos econômicos passaram a se constituir em um obstáculo para o pleno desenvolvimento do capitalismo. A burguesia passa a defender a liberdade comercial e a criticar o Absolutismo.
[...]
Além deste intenso desenvolvimento econômico a Inglaterra dos séculos XVI e XVII apresentava uma outra característica: os intensos conflitos religiosos.
A religião oficial, adotada pelo Estado era o anglicanismo, existiam outras correntes religiosas: os protestantes ( calvinistas, luteranos e presbiterianos ), chamados de modo geral, de puritanos. Havia ainda católicos no país. A monarquia inglesa - anglicana - perseguia católicos e puritanos, gerando os conflitos religiosos.
[...]
Os conflitos entre monarquia e parlamento
No século XVII, o Parlamento inglês contava com um grande número de puritanos- que representavam os interesses da burguesia- e não aceitavam mais a interferência do Estado Absolutista. Com a morte de Elizabeth I, o trono inglês fica com os Stuarts. Foi durante esta dinastia que ocorreram as Revoluções Inglesas.
[...]
Revolução Puritana e Gloriosa
A Revolução Gloriosa foi um complemento da Revolução Puritana, garantindo a supremacia da burguesia, através do controle do Parlamento. Também garantiu o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de uma monarquia parlamentar.
O iluminismo
Entre os precursores do Iluminismo temos René Descartes que mudou a concepção de mundo da época e defendeu a universalidade do racionalismo e Isaac Newton que provou que o universo é regido por leis.
Filósofos do Iluminismo
John Locke (1632/1704)-[...] Acreditava na liberdade e na propriedade como direitos naturais do homem e, para manutenção destes direitos, houve um contrato entre os homens, surgindo o governo e a sociedade civil. Os governos teriam que respeitar os direitos naturais e, caso não fizessem, os cidadão possuíam o direito de se rebelar contra o governo tirano. Esta idéia será uma verdadeira arma na luta contra o absolutismo monárquico.
O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa e influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787.
Montesquieu (1689/1755)- autor de O espírito das leis, onde o pensador preconiza a separação dos poderes ( legislativo, executivo e judiciário), foi um crítico do absolutismo monárquico.
Voltaire (1694/1778) - severo crítico da igreja, seu pensamento é caracterizado pelo anticlericalismo. Defensor dos direitos individuais. Defendia uma monarquia esclarecida, onde o governo seria baseado nas ideias dos filósofos. Escreveu Cartas inglesas.
Jean-Jacques Rousseau (1712/1778) - era crítico da propriedade privada e da burguesia. ParaRousseau, o poder político repousava sobre o povo, que manifestava sua vontade mediante o voto.
[...]
Pensamento econômico do iluminismo
O pensamento econômico do Iluminismo estava centrado na questão da liberdade econômica, desenvolvendo-se duas escolas: os fisiocratas e os liberais. as duas escolas criticavam o mercantilismo e o pacto colonial, atendendo os interesses da burguesia.
Os fisiocratas criticavam as práticas mercantilistas e propunhamo fim da intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Segundo os fisiocratas a economia funcionaria seguindo suas próprias leis. Afirmavam que a fonte de riqueza era a terra. O lema dos fisiocratas era "Laissezfaire, laissezpasser, le monde va de lui-même" ( "Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo").
Os principais nomes desta escola foram: Quesnay, Turgot e Gournay.Os liberais, assim como os fisiocratas, criticavam as práticas mercantilistas, porém, ao contrário deles, os liberais consideravam o trabalho como a principal fonte de riquezas.
Defendiam a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. O principal teórico desta escola foi Adam Smith, que sistematizou o pensamento liberal na obra A riqueza das nações. As ideias liberais são conhecidas como liberalismo econômico e constituem as premissas básicas do capitalismo liberal.

 

 Consequências do iluminismo
O Iluminismo criticava o absolutismo, o mercantilismo, a intolerância religiosa e afirmava que os homens são iguais, perante a Natureza. Assim, a desigualdade entre os homens é fruto da sociedade. Para que haja uma sociedade justa é necessário a igualdade entre os homens e a liberdade de expressão.
As ideias iluministas teve intensa repercussão em toda a Europa influenciou sobremaneira na Revolução Francesa. Na América, o Iluminismo inspirou a independência dos EUA e contribuíram para que os Estados absolutistas da Europa patrocinassem reformas políticas.
[...]

A revolução francesa
As transformações econômicas, políticas e sociais dos séculos XVII e princípios do século XVIII se manifestaram no plano filosófico, num movimento de crítica ao Antigo Regime ( o Estado Absolutista e o Mercantilismo ). Este movimento é denominado Iluminismo.
A exemplo do que ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII, o absolutismo constituía um enorme obstáculo para o pleno desenvolvimento da burguesia francesa. A Revolução Francesa foi um reflexo da luta da burguesia pelo poder político.
No entanto, o processo da Revolução Francesa não é um movimento isolado. Ele está inserido num conjunto de revoluções que questionavam o absolutismo, sendo um movimento que assolou toda a Europa e a América.
Sendo assim, a Revolução carrega o termo "Francesa" pois eclodiu na França- por uma série de fatores -no entanto as suas propostas eram universais.
"Os burgueses franceses de 1789 afirmavam que a libertação da burguesia era a emancipação de toda a humanidade" ( Karl Marx e Friedrich Engels ).

A revolução dos estados unidos
A Revolução Americana foi a revolta das colónias inglesas na América do Norte ocorrida entre 1775 e 1783, que resultou na instituição dos Estados Unidos da América.
A Independência dos Estados Unidos é considerada a primeira Revolução Americana (a segunda foi a Guerra de Secessão, também nos Estados Unidos). Ela foi um marco na crise do Antigo Regime porque rompeu a unidade do sistema colonial.
A política repressiva dos ingleses, aliada a fatores culturais, como a influência do iluminismo, teve papel importante no processo revolucionário americano. Outra fonte de conflito foi o lançamento de impostos pesados sobre importações vitais para a economia e a subsistência das colónias (açúcar, café, têxteis, etc.), a que se acrescentou o imposto de selo sobre jornais, documentos legais e outros.
[...]
Pela primeira vez na História da expansão europeia, uma colónia tornava-se independente por meio de um ato revolucionário. E fazia-o não só proclamando ao mundo, no documento histórico aprovado em 4 de Julho, o direito à independência e à livre escolha de cada povo e de cada pessoa ("o direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade" é definido como inalienável e de origem divina), mas ainda construindo uma federação de estados dotados de uma grande autonomia e aprovando uma constituição política.

REFERÊNCIAS:


http://www.prof2000.pt/users/chito2/revam.htm (Revolução dos Estados Unidos)